domingo, 5 de junho de 2011

Os dez livros modernos de relações internacionais que mais me influenciaram

Toda lista do que é melhor ou pior é sempre duvidosa, mas uma lista dos livros que mais influenciaram uma pessoa parece ser menos controversa. Fiz uma lista dos livros de relações internacionais que mais me influenciaram. Decidi que só contam livros do pós-Guerra e não contam livros da última década. Mais tarde faço uma lista com os dez mais dos últimos dez anos. Terminei a graduação em 2001. Assim, seguem os dez livros modernos de relações internacionais que mais me influenciaram quando eu era bem jovem.

1. O Homem, o Estado e a Guerra (1959), Kenneth Waltz.
Clássico do pensamento realista. Busca dar respostas a pergunta mais perene e importante de relações internacionais: por que as guerras ocorrem?

2. Paz e Guerra entre as Nações (1962), Raymond Aron.
Análise sociológica mais impressionante sobre a paz e a guerra. O capítulo XIX resume o debate entre idealismo e realismo como poucos.

3. The Modern World System vol. I, II e III (1974, 1980 e 1989), Immanuel Wallerstein.
Trouxe para as relações internacionais as contribuições marxianas, leninistas e da teoria da dependência. Não há como pensar a expansão do poder americano sem entender as engrenagens do capitalismo e seus impactos nas semi-periferias e periferias do mundo.

4. A Sociedade Anárquica (1977), Hedley Bull.
Mestre da escola inglesa que misturou realismo e idealismo. Traz para o pensamento teórico em relações internacionais o peso da história e cultura.

5. The Rise and Fall of Great Powers (1987), Paul Kennedy.
Ícone dos decaístas da década de 80. Pode ficar datado, mas se trata de uma obra obrigatória para quem deseja entender as razões das quedas hegemômicas.

6. After Hegemony (1984), Robert Keohane.
Cooperação internacional, instituições internacionais e organizações internacionais só podem ser discutidas à luz dos conceitos de Keohane. Marcou época e continua muito atual.

7. O Longo Século XX (1994), Giovanni Arrighi.
Assim como Wallerstein e Kennedy, mostra como poucos as razões da queda de hegemonia.

8. O Choque das Civilizações (1996), Samuel Huntignton.
Obra de um conservador a serviço do establishment americano. Ficou datado, mas criou a polêmica mais importante dos anos 90, sendo resgatado depois de 2001.

9. Social Theory of International Politics (1999), Alexander Wendt.
Análise profunda sobre diferentes ordens internacionais criadas a partir da constituição mútua entre agência e estrutura.

10. O Direito dos Povos (1999), John Rawls.
Ainda que não tão progressista como Uma Teoria da Justiça de 1971, o Direito dos Povos é leitura fundamental para aqueles interessados em construir uma ordem global mais justa.

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